domingo, 8 de abril de 2012

PARA ORIENTANDOS DE PROJETOS III (MONOGRAFIA) -
TAMBÉM É INTERESSANTE PARA OS DE PROJETOS II (PROJETO DE PESQUISA)

Mais algumas dicas sobre o trabalho monográfico - Introduções e plágio:

1. Sobre as Introduções:
A Introdução da monografia - que precede o capítulo I - deve ser feita no fim, antes apenas que a Conclusão do trabalho. A Introdução é feita a partir das etapas do projeto de pesquisa (feito em Projetos II) e eu vou explicar mais depois que os três capítulos estiverem desenvolvidos. Portanto, nada de apresentar a Introdução agora.
As Introduções dos capítulos também não devem ser feitas antes de terminados todos os três capítulos.
2. Sobre plágio ou utilização indevida:
O plágio nem sempre é proposital e muitos alunos cometem apenas por desconhecer como se deve redigir um trabalho acadêmico.
Costumo dizer, para explicar, que há dois tipos de plágio ou utilização indevida:
a) Plágio ou utilização indevida de texto:
- quando o aluno copia literalmente, com as mesmas palavras, sem denunciar a fonte através de marcação de citação direta (transcrição) - entre aspas para menos de três linhas e recuo com espaçamento e fonte menor para mais de três linhas, depois das quais há uma nota de rodapé com a referência bibliográfica;
- quando a aluno subverte o texto original, com a troca de algumas palavras ou inversão de frases (transcrição truncada). Em geral, isso ocorre ou porque o aluno por não consegue entender e interpretar o autor ou porque ele simplesmente tem dificuldade em redigir com texto próprio e"engana" ao tentar mudar o texto original. Neste caso, o aluno pode ou não colocar a referência bibliográfica no rodapé, mas trata-se de utilização indevida.
- quando o aluno indica uma referência primária, mas trata-se de uma referência secundária (apud). Neste caso, o aluno redige uma citação de um autor que foi citado por outro, como se tivesse buscado no original.
b) Plágio ou utilização indevida de idéia (pensamento, teoria, definição):
- quando o aluno expressa uma idéia, com suas próprias palavras,  sem denunciar a fonte por referência bibliográfica em nota de rodapé (citação indireta ou paráfrase). Isso acontece tanto nas definições quanto nas notações históricas. Por exemplo, um fato ou definição pode ser de conhecimento público,  no entanto, não posso escrever sobre isso em um trabalho acadêmico, sem denunciar uma fonte confiável através de nota de rodapé.

Dois motivos, que na realidade são um só,  levam o aluno a cometer plágio de idéia:
1. Achar que a monografia é feita para que ele expresse sua opinião, baseado naquilo que se chama "senso comum", que é o conhecimento acrítico, não científico, o popular "todo mundo sabe que...".
2. A falta do entendimento de que uma monografia é um relatório sobre uma pesquisa de teorias, idéias e autores. Por ser um relatório do que se encontrou nos livros, nos artigos, nos textos deve denunciar essas fontes sob pena de deixar de ser um trabalho acadêmico e tornar-se uma conversa leiga sem consistência ou credibilidade.
O trabalho científico consiste exatamente em pesquisar os autores (teorias, idéias, pensamentos, definições) que tratam dos assuntos que fazem parte da estrutura do trabalho e, a partir daí, encadear ou "costurar" as idéias deles. A originalidade e criatividade deste trabalho estão no resultado final, na forma como o autor da monografia trabalhou para encadear os pensamentos de vários autores sobre vários assuntos para trabalhar um único tema específico, daí ser  mono (um) grafia (escrita) - a escrita ser sobre um tema.
Portanto é natural que a cada página da monografia haja algumas referências bibliográficas descritas nas notas de rodapé.

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